Algo antigo, que aguardava perdido outras primaveras.
Fica o belo, vai-se a tristeza.
No fundo ainda gosto dela,
no fundo ainda respiro cada olhar
me nego veementemente
e acho que isso é o melhor que faço,
nesse momento.
Mas como todo cristo,
eis que me arrependo.
Como todo olho,
eis que um dia choro
as lágrimas incompreensíveis,
o tátil estranho,
nada mais sincero que um desviar de olhar.
Ainda me delato
aos olhos dela, sei disso.
E como não?
Se a cada momento ainda nos vemos,
se a cada um deles já nos conhecemos.
Por Deus, que quero eu?
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