quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Poesia

É dizer tudo utilizando apenas a metade. É o exercício do poder de síntese, de concisão. É objetivar o subjetivo, mas sem que se perca sua essência, sem que se sinta a ausência. Não, nada de ausência, pelo contrário, é enaltecer, é honrar um sentir dando ao sentimento a oportunidade de ser imortalizado. É dar-lhe uma morada entre as letras. É o alívio do poeta.
O poeta se alivia ao enxergar seu sentimento, ao vivenciá-lo fora de si. Assim, traduz seu choro e sua angústia em alegria. E ao utilizar do poder divino de criar, experimenta real felicidade, experimenta um conforto em seu peito e um prazer em sua mente.
Há ainda aqueles que conseguem transformar em versos sua alegria e espalhá-la pelos dias a quem se propor a experimentar.
A poesia é uma experiência de infinitos momentos que começa em um sentimento, busca auxílio da mente, escorrega pelo papel ou transpira pelo suor e chega, finalmente, às mentes de cada leitor. Ali seguirá o rumo que lhe convier pelas ruas da história que cada ser construiu.