domingo, 12 de setembro de 2010

Ultrapasso

Ultrapasso
e o sangue escorre, a lágrima bale
e cintilante dança, pelos lagos de seus olhos.

Ultrapasso na penumbra,
na doce cilada em que nos colocamos,
no molde do meu corpo no seu.

Ultrapasso e marco
e que de agora em diante não será mais
naturalmente rara.

Há que buscar sua raridade noutro canto,
mas quedo tranqüilo,
que já possui o encanto.
Resta apenas coroá-lo,
como merece.

Eis completa.
Eis completo,
já pode sorrir
mais um passo,
nos seus traços de mulher.